Deputado Coronel Tadeu poderá ser o presidente da todo-poderosa CCJ da Câmara

O Coronel Tadeu disse hoje ao Delegado Waldir (GO), com todas as letras, que é candidato a Presidente da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, certamente o principal colegiado da Câmara. Na posição de líder do PSL, o Delegado Waldir tem o poder de decidir quem ficará com o cargo. Concorrem, além do Coronel Tadeu, Bia Kicis (DF), Felipe Francischini (PR) e Marcelo Freitas (MG). A decisão deve sair na semana que vem, ou no máximo logo depois do carnaval.

O PSL ficará com a Presidência da CCJ e da Comissão de Finanças e Tributos em decorrência das negociações que garantiram a presidência da Câmara ao deputado Rodrigo Maia (DEM). O PSL entrou com a força dos seus 52 deputados, garantindo o posto a Maia, e em troca ficou com as duas comissões. Na CCJ, o partido tem seis assentos; os quatro deputados acima demonstraram interesse em presidir o colegiado.

O mais forte concorrente do Coronel Tadeu é o deputado Marcelo Freitas. Ele tem o apoio da bancada de seu Estado, Minas Gerais, e também da chamada “bancada da China”, grupo de 12 parlamentares do PSL que viajou para a China no início do ano. O Coronel Tadeu tem o apoio de sua bancada e também do senador Major Olímpio. Não há votação para o líder fazer a escolha, mas o lobby é forte.

As atribuições da CCJ estão listadas no artigo 32 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Não é pouca coisa. Lá estão previstas, por exemplo, a análise dos aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de projetos, emendas ou substitutivos sujeitos à apreciação da Câmara ou de suas comissões, a admissibilidade de proposta de emenda à Constituição, e até a perda de mandato de deputado, dentre muitas outras.

Todos os candidatos a Presidente, desta vez, são deputados de primeiro mandato. Se o Coronel Tadeu conseguir emplacar, vai fazer história.