Associações PM de São Paulo não contam

A última vez que as associações PM de São Paulo receberam alguma, digamos, consideração do Comando Geral foi em junho de 2018 quando o comandante, coronel Marcelo Vieira Salles, reuniu no QCG seus presidentes e demais diretores. Na plateia, gente que viu a Guarda Civil ser juntada à Força Pública para formar a Polícia Militar. Gente que continuava na “ativa”, nas associações, e que, portanto, conheciam a PMESP. E o coronel Salles abriu um mapa para falar que a Polícia Militar “está presente em 645 municípios do Estado” …

A última vez que representantes de associações PM pisaram o chão do Palácio dos Bandeirantes foi no início da gestão João Doria. Cheio de salamaleques, o gestor mostrou planos que jamais se concretizariam, dentre eles o de pagar ao policial militar de São Paulo o segundo melhor salário do Brasil e, pasmem, a realização de reuniões bimestrais com as associações PM em que ele mostraria as realizações de seu governo e o que estava fazendo pela sociedade nesta área tão sensível que é a Segurança Pública.

Há gente que participou das duas reuniões e ri até hoje quando lembra o que foi falado.

Houve tempos de maior, digamos, consideração. No comando do coronel Álvaro Batista Camilo, as reuniões dos dirigentes de associações no QCG eram rotineiras, agendadas todo mês. Não que fossem melhores ou mais produtivas. A todos os pedidos e sugestões dos dirigentes, Camilo tinha uma resposta padrão: “Comandante, passe para o coronel Antão (na época, Danilo Antão Fernandes era o subcomandante) que ele vai dar encaminhamento”. Nada acontecia e a vida seguia em frente. A frase causa risos até hoje.

Por que tanta, digamos, falta de consideração por associações que, juntas, provavelmente reúnem a totalidade dos policiais militares do Estado de São Paulo da Ativa, da Reserva e Pensionistas?