De 9 a 11 de março, a ACORS (Associação de Oficiais Capitão Osmar Romão da Silva), de Santa Catarina, promoveu em Florianópolis (SC) um encontro de oficiais, em oitava edição. Cerca de 600 catarinenses compareceram, além de oficiais e associações PM de outros Estados. Foi um evento de grande repercussão que abrigou também uma reunião geral da FENEME – Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais.

Foram dois dias de discussões técnicas com palestras ministradas por oficiais da Corregedoria, de Finanças, de Saúde e outros, uma forma de alinhar as informações e ensinar. O Sistema de Proteção Social dos Militares recebeu destaque especial. No terceiro dia, programação com foco no que está sendo discutido no Congresso Nacional como a Lei Orgânica, o Código de Processo Penal Militar e as eleições 2022.

Participaram dos três dias do evento – da abertura ao encerramento – os coronéis Marcelo Pontes e Marcos Aurélio Barcelos, respectivamente comandante-geral da Polícia Militar e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar. Ambos ministraram palestras, ambos participaram das discussões, ambos tomaram café, almoçaram e jantaram com seus subordinados. No último dia, quem foi para ficar uma hora e ficou quatro foi o coronel (bombeiro) Carlos Moisés da Silva, governador do Estado.

Representatividade

A Polícia Militar de Santa Catarina tornou-se referência para as demais forças de segurança do país. Reconhecimento da sociedade, remuneração digna, ágil sistema de progressão na carreira que leva em conta o mérito profissional, equipamentos, atualização tecnológica constante, funil estreito para interessados em ingressar em suas fileiras são alguns dos itens pelos quais passam longe muitas polícias militares do País. Sobretudo – para horror de policiais que ainda não avançaram no tempo em outras unidades da Federação – os policiais da PMSC fazem Política.

A imensa maioria dos oficiais – cerca de 92% – são associados da ACORS, a promotora do evento. Eles participam da vida associativa e pagam mensalidade que não se destina a nada que não seja a defesa institucional da Corporação e dos direitos e prerrogativas institucionais de seus integrantes. É o principal player negociador de reajustes salariais, por exemplo, junto ao governo. As grades questões de segurança pública passam por ela. No dia 26 deste mês, em eleições para o mandato 2022/2024, a chapa liderada pelo coronel Sérgio Luís Sell foi eleita por aclamação.

Não é questão de sorte.